A chef do Lá da Venda, Heloísa Bacellar, lançou pela editora DBA “Bacalhau – Receitas e Histórias – Das Águas Geladas às Caçarolas”.
O livro reúne 22 receitas com o peixe que vão de entradas e aperitivos:
Bolinho de bacalhau e mandioquinha e o Pão rústico de bacalhau, por exemplo.
Assim também, clássicos da gastronomia:
Bacalhau de forno e o Bacalhau à Brás.
Entre as criações contemporâneas da chef:
Papillote de bacalhau bem perfumado,
Travesseirinho de bacalhau e maçã,
Bobó de bacalhau,
Tempurá de bacalhau e legumes
Curry indiano de bacalhau.
Bacalhau – Receitas e Histórias
A história do bacalhau vem de tempos remotos.
Há uns 1.300 anos, os vikings já o pescavam e secavam.
Lá pelo ano 1.000, eles aperfeiçoaram a técnica, passando a salgar o peixe antes de secá-lo. Desta forma, a carne ficava mais saborosa e macia.
Com as grandes navegações do século XV, o bacalhau seco e salgado começou a ganhar o mundo e se popularizar.
Na época em que conservar alimentos era um grande problema, o bacalhau durava mais de um ano, era fácil de guardar, de preparar e tinha bom preço.
Inicialmente, consumido por viajantes e camponeses, que moravam longe do mar e não tinham como conseguir peixe fresco, o bacalhau conquistou rapidamente a mesa dos nobres.
“Hoje, as pessoas não compram bacalhau seco e salgado porque não têm geladeira ou porque não encontram peixes frescos.
As pessoas continuam comprando bacalhau seco e salgado porque adoram aquela carne branca de sabor profundo e marcante que se desfaz em lascas suculentas”.
comenta Helô em seu livro.
Vikings, bascos, noruegueses, dinamarqueses, espanhóis, italianos, brasileiros e muitos outros povos, todos adoram bacalhau.
Mas nenhum país bate Portugal na paixão pelo peixe.
“Eles dizem que podem virar um ano inteiro sem repetir um prato com bacalhau (…), pois receita de bacalhau é o que não falta naquela terra”, diz a autora.
E para provar que onde tem português tem bacalhau, o peixe foi parar na África, na Índia, e lógico, no Brasil.
O bacalhau norueguês chegou por aqui há cerca de 160 anos, como resultado de uma permuta: bacalhau por café.
Hoje, o Brasil está no topo da lista dos maiores compradores do peixe, mesmo que seu consumo ainda esteja muito associado a datas festivas.
Abaixo uma página de receita do livro enviada gentilmente pela chef.
“Bacalhau – Histórias e Receitas – Das Águas Geladas às Caçarolas”
Autora: Heloísa Bacellar| Fotografia: Romulo Fialdini | Editora: DBA
Patrocínio: Conselho Norueguês da Pesca
Capa dura| 64 páginas | R$ 35,00 (preço sugerido)
>Muito legal essa matéria. Pena que aqui na Irlanda não seja fácil de encontrar o bacalhau salgado e seco, só o fresco e o pessoal usa muito no famoso fish and chips… mas ainda assim prefiro o salgado e saudades do bacalhau ao forno e principalmente do bolinho de bacalhau!
>Portugal está em primeiro lugar a nível de consumo de bacalhau. É que cá bacalhau não é peixe, é bacalhau 🙂 É delicioso!
>Obrigado Hilton! Aproveite para fazer receitas com o fresco e já que está por aí acompanhadas de cerveja, não? abraço
>Ameixinha quando estive por aí era bacalhau todos os dias! Ainda lembro do bacalhau do João do Grão em Lisboa. bjs
>É verdade, aqui tudo é acompanhado por Guiness! Alguns pratos levam a Guiness na receita mas por sorte nenhuma de bacalhau com Guiness =) . Aprendi que o bacalhau fresco é ótimo assado e ensopado… lembra a textura do cação. Mas como disse a própria Ameixa… o Bacalhau não é o peixe… e concordo inteiramente porque é bem melhor!
>Achei muito interessante o seu posting sobre bacalhau, adoro bacalhau e preparo em casa sempre que possivel. Existem muitas delis Portuguesas por aqui aonde podemos compra-lo. Gostei muito do seu blog, muito bacana!
Luiz @ The London Foodie
>Hilton e a Ameixa sabe do que fala porque está na terra do bacalhau.
>Luiz muito obrigado. E quando quiser mandar alguma dica boa de Londres para eu publicar por aqui será um prazer. abraço