Há histórias que depois de muito tempo, contadas de geração para geração, transformam-se em lendas, porque envolvem nomes fantásticos, personagens curiosos, tragédias, atos heróicos e, por vezes, finais felizes. Tudo tão especial que parece fugir da realidade. Essa que vou contar pra vocês ainda é história recente, mas fico imaginando como será contada daqui a uns 50 anos.
Assim nasceu a Baunilha Heilala…
“Há um Reino chamado Tonga que fica no Pacífico Sul na Polinésia. Um lugar paradisíaco que tem uma flor símbolo chamada Heilala. Em 2002 o arquipélogo de Tonga sofreu duras perdas atingido pelo Waka; um ciclone que devastou a porção norte das ilhas do reino e, em especial, uma ilha de solo vulcânico chamada Vava´u.
Certa vez um fazendeiro de laticínios e construtor de barcos neozelandês chamado John Ross, que tinha o mergulho como uma de suas grandes paixões, nadava entre algumas ilhas do Pacífico Sul, quando descobriu esse belo reino chamado Tonga. Gostou tanto do lugar que voltou para visitá-lo inúmeras vezes. Fácil entender porque sentiu-se na obrigação de ajudar aquele povo, ao saber do cenário devastador provocado pelo ciclone de nome Waka.
Sua dedicação foi tanta que, em reconhecimento a seus esforços, o líder da vila de Utungak concedeu-lhe o direito de uso de parte das terras da família. Ross então se lembrou da baunilha selvagem que viu crescendo aqui e ali em Tonga e decidiu organizar uma plantação. Com a ajuda da filha, do genro e da comunidade local começaram a polinizar manualmente as orquídeas da espécie Vanilla planifolia, e em 2005 fizeram a primeira colheita, o nome escolhido, para batizar essa linha de produção de baunilhas, cultivadas organicamente e de forma sustentável, foi Heilala.”
Em 2005 foram produzidos 40kg da baunilha, em 2010 a produção saltou para duas toneladas; o projeto continua sustentável e tem viabilizado recursos para educação e infraestrutura do reinado.
Depois de secarem ao sol, as favas de baunilha são estocadas para desenvolverem seus aromas e sabores característicos do terroir de Tonga. São então levadas para Tauranga, na Nova Zelândia, para o processamento. Além da fava, a Heilala produz e comercializa outros cinco produtos à base da baunilha pura: pasta, xarope, extrato, açúcar e baunilha em pó. O produto premium (e eu posso dizer isso porque eu provei) faz sucesso entre chefs e pâtissiers da Nova Zelândia, Austrália e dos Estados Unidos.
Agora a MIE Brasil, empresa de desenvolvimento, gestão e distribuição de marcas de alimentos orientadas para o consumo mais consciente, resolveu trazer para o nosso país o produto nas versões: extrato, xarope e pasta de baunilha.
A marca de baunilha pode ser encontrada pelo consumidor final em lojas como: Delicari, Empório Chiappetta, Emporio Santa Maria, Mercado Santa Therezinha, Sonoma.com.br, Barra Doce, Casa Theodoro, Ibacana, Moinho de Pedra, Casa Tavares, Wheat Organics e Casa Santa Luzia