Foi num bar de cervejas especiais que eu me aproximei do Cuecas e conheci o Alê Guerra.
Até então tínhamos uma elegante relação profissional. Moderno e discreto, festeiro mas comprometido, sofisticado de ideias, fomos nos tornando amigos pela afinidade de propósitos que se revelaria ao longo de conversas, pratos e taças compartilhadas.
Um dia eu saí do armário e falei pra ele que gostaria de escrever.
Ele deu linha.
Agora, solto o verbo e as rédeas e peço permissão e bênçãos para o Alê nessa empreitada.
Pergunto se em vez de cueca e receita “posso falar mais da mulherada?”.
Ele me diz que a proposta já estava no radar, nessa sintonia que nos cerca.
As relações humanas, afetivas, amorosas de qualquer gênero formam uma pauta que interessa a ambos e que ele, com razão e sensibilidade, vem servindo em seus festins gastroliterários com o livro Sex and the Kitchen – o Sexo e a Cozinha sobre a mesa. Faltava uma voz feminina.
Quando o Cuecas liberou, a única coisa que pensei foi em chamar As Gurias.
A cada edição, As Gurias vêm aqui falar, contar histórias, recordar e sonhar. Esperamos que mais outras se juntem para ouvir, ler e comentar.
Curadora e escritora nesta coluna, também convido vocês, gurias de todos os cantos do mundo, a escrever e enviar as histórias que desejem contar. As suas, as que ouviram falar, as que são uma lembrança, as que são um sonho – passado, futuro, ficção ou realidade.
Fica o convite para os Cuecas nos ouvirem nessa roda de conversa. Beijos, guris!