Grupo de Turismo Gastronômico

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Ultimamente ouvimos falar muito da valorização da cozinha brasileira. Acho ótimas todas as iniciativas, especialmente a batalha incansável da chef Mônica Rangel do restaurante Gosto com Gosto (Visconde de Mauá) que começou com uma cruzada na internet conclamando vários chefs e imprensa a se rebelarem contra um documento que instituiu o SBClass (Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem). O motivo? Um trecho que determinava que, para ser considerado estrelado, um hotel teria que contar com um restaurante de cozinha internacional. Parece que a burocracia nunca sabe quanto de pratos brasileiros existem em cada região do Brasil.

Parabéns para a chef Mônica Rangel que conseguiu se fazer ouvir na Embratur e foi chamada para capitanear a criação do Grupo de Turismo Gastronômico, que será lançado oficialmente entre os dias 18 e 20 de maio durante o próximo Festival Gastronômico de Visconde de Mauá.

Mas, falando a verdade, quantos de nós brasileiros realmente sabe que pratos compõe a cozinha típica de cada região? Até um mesmo prato tem suas variantes conforme o local em que é preparado. Acabei de falar de um evento que o chef Carlos Ribeiro do Na Cozinha preparou “Moquecas do Brasil” destacando a capixaba, a paraense e a baiana. E isso não é vergonha nenhuma, porque o Brasil é muito grande, a culinária de cada região é muito rica e sofreu várias influências. Temos Cozinhas do Brasil! E também queremos aprender muito com o Grupo de Turismo Gastronômico.

Quanto às cozinhas de hotel, mais do que fazer comida brasileira típica de cada região, é fundamental que invistam numa comida que tenha sabor. Por causa das minhas palestras, tenho viajado bastante, ficado em bons hotéis e provado muita comida ruim; por isso nem tenho publicado no blog essas “experiências”. Não adianta nada o hotel servir uma acarajé na Bahia, por exemplo, se ele for ruim, porque é essa a impressão que vai ficar para o turista.

E porque essa foto do Bolo de Rolo no início do post? Outra coisa importante que a gente precisa saber aproveitar nessa cruzada pela gastronomia brasileira. O que é que os turistas podem levar do Brasil? Esse Bolo de Rolo que é da famosa Casa dos Frios de Recife (PE) eu comprei no aeroporto de Brasília. Achei fantástico que eles tivessem um quiosque no aeroporto e vejo como fundamental que mais empresas regionais de qualidade transformem seus produtos em algo possível de se levar. Quantos já não foram à Paris e contrabandearam macarons da Ladurée ? E quem não foi à Portugal e trouxe pacotinhos dos Pastéis de Belém?

Temos que acabar com aquelas abomináveis lojinhas de aeroporto que vendem o kit de pinga vagabunda, doces detestáveis, cafés sofríveis, salgados horrendos e artesanato medíocre, tudo que deveria de ser proibido na porta de saída do nosso país. Essa será muitas vezes aquela lembrança que alguém vai levar para alguém que vai achar muito ruim.

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Importante na embalagem a identificação do produto e as bandeiras de Pernambuco e do Brasil

Alessander Guerra

Um Comentário

  1. >Ótimo post, corretíssimo na abordagem e realista quanto à qualidade que oferecemos aos nossos visitantes, sejam estes estrangeiros ou brazileiros.

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