Trufas

Caixa - Trufas O que mais me motiva a escrever esse blog é a interação. Graças à todos que passam por aqui e deixam seus comentários, suas dúvidas, sugestões e etc, é que consigo tornar essa simples página virtual em algo vivo e dinâmico. Muitos posts surgiram a partir dessa troca.
Assim aconteceu com a Helena, quando falei dos macaroons da Ladurée, ela fez um relato emocionante do Pierre Hermé (Paris – Saint-Germain). Depois descobri que era chocolatière (especialista na arte de confeccionar chocolates) e fazia trufas (que são meu tipo preferido), então quis provar, mas ela só faz sob encomenda, até que chegou essa linda caixinha de presente por aqui.
Chocolate - TrufasVou contar-lhes um negócio, essas trufas preparadas com chocolate belga Callebaut são saborosas e fresquíssimas (grande segredo para as boas trufas). Aliás, um à parte: Trufas são essas das fotos, não aquilo que vende em papel laminado colorido ao lado dos caixas de diversos estabelecimentos a R$1 ou R$2.
A trufa recebeu esse nome porque lembra a trufa (fungo raro e caro usado em pratos salgados). Dá uma olhada aqui. Estou falando da trufa clássica, onde o creme de chocolate é banhado no chocolate derretido (por isso ela fica disforme – não é feita em forminha) e coberto de cacau em pó (lembrando a terra de onde o fungo é extraído).
Minhas preferidas foram: a de café (ganache potente, porém suave – enche a boca com o sabor do café); a com Licor Peachcream (o sabor do pêssego salta do ganache branco molinho) e uma mistura inusitada de chocolate com Ovomaltine (a casca fica crocante e dá um contraste interessante quando derrete na boca, a proporção está na medida certa)

Chocolate2 - Trufas

Pedi para a Helena contar um pouco da sua história e logo saquei que graças à avó dela é que ontem pude provar essas trufas. Ah! Eu e ela estamos preparando uma surpresa que vai pintar por aqui no final de setembro. Fala Helena!
Faço doces desde pequena (7/8 anos de idade), quando adorava ajudar a minha avó na cozinha. Com 14, já preparava quase tudo do café-da-manhã natalino de casa (bolos, biscoitos e quitutes da época), e com 16/17, todas as sobremesas dos jantares que minha mãe oferecia.
Aos 18 anos, comecei a freqüentar cursos de chocolates e doces. Eu morava em Belém do Pará, mas sempre vinha passar as férias com minha avó aqui e ela descolava algumas aulas. Também aproveitava as oportunidades quando viajava ao exterior. Mas nunca fiz cursos longos. Tive aulas com François Payard, Laurent Duchêne (na época, professor do “Le Cordon Bleu” de Paris), Philippe Givre (Confeiteiro-Chef da “Fauchon” de Paris), entre outros.
Com 27 vim morar em São Paulo e abri uma doceria em Moema. O meu forte sempre foi “erro e acerto”. Minha cozinha sempre foi e é um “laboratório culinário”. Acredito ser essa a melhor forma de aprendizado: um pouco de teoria, pesquisa, e muuuuita prática! Meu aprendizado maior consiste em ter curiosidade de experimentar, olhar, estudar, e reproduzir cada alquimia dos doces que tenho oportunidade de degustar.
Hoje, continuo me aprimorando e “testando” mais que nunca. Trabalho em casa, muito artesanalmente, e aceito encomenda de amigos, amigos de amigos…risos…
Mas faço meu plano de trabalho e minha produção é exclusiva e pequena. Foi assim que escolhi. E está dando certo!
Obrigada, Alê!
Beijos

Helena Gasparetto 

Alessander Guerra

13 Comentários

  1. >Eu pensei mesmo que era o fungo 🙂
    Mas encontrei algo bem mais bonito e tão ou mais saboroso que o fungo! E que decoração linda a das trufas 🙂 Como com a boca e com os olhos. Não tem nada melhor 😉

  2. >ALÊ E CRIS!!

    Fiquei muito feliz e emocionada com o Post!!

    O maravilhoso da tecnologia, é que num mundo tão cheio de contradições, podemos conhecer pessoas lindas, que nos fazem ter certeza que a vida vale a pena!

    O texto está sensacional, a qualidade das fotos, idem.
    E podem ter certeza, que se elas estão gostosas, é porque destas mãos saem as energias do carinho com que as faço!! Não é só o chocolate belga ou a qualidade dos ingredientes! (Risos….)

    Muitos beijos em vocês e obrigada!

    Helena Gasparetto

  3. >Ameixa não tenha dúvida que o ideal é comermos com todos os sentidos.

    Lena se tem uma coisa que boto fé é na energia de quem cozinha. Lembro da Vianne (Juliette Binoche) em Chocolate. E do filme Como Água para Chocolate.

  4. >Ale, que coisa linda. As trufas parecem joias com embalagem elegante. Elegante tambem seu post dedicado a Helena que faz com paixao aquilo que sabe.
    Parabens aos dois, pessoas de gestos nobres.
    beijo

  5. >Alex, parabéns pelo seu blog!
    Pode me dizer onde posso encontrar o chocolate belga Callebaut, aqui em Brasília, ou mesmo em São Paulo?

  6. >Irene, segue o contato da empresa no Brasil, lá você pode se informar onde encontra o chocolate.

    Barry Callebaut Brasil S/A
    Rua Iguatemi, 354 SL 52
    Sao Paulo – SP
    PABX: (11) 3071-2831 | Tel: (11) 3071-2834 | 3071-1630

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