Toda vez é assim, o EU que parte para uma viagem é diferente do que volta. Viajo inteiro, corpo, mente, espírito e coração, livres. Por isso, deixo um pouco de mim pelos caminhos que sigo e trago um pouco de tudo por onde quer que eu vá.
Acho que deve ser assim com todo mundo! Não há como não voltarmos transformados se, verdadeiramente, mergulhamos nessa jornada.
Aproveito o frescor da memória e aqui começo a contar pra vocês minha viagem pelo Vale dos Vinhedos.
Tudo começou numa quarta-feira, peguei o táxi cedo para o Aeroporto de Congonhas com a mala cheia de roupas -especialmente as de frio, porque era assim que eu seria recebido nessa aconchegante região do Rio Grande do Sul- mas com espaço suficiente para trazer emoções, encontros, desencontros, risos, noites mal dormidas, dias bem vividos e vinhos, claro!
Uma hora e pouco de viagem cheguei no Salgado Filho em Porto Alegre, sem saber o que me esperava, mas preparado para o que tivesse que acontecer.
Hora de encontrar a turma que desembarcava de vários cantos do Brasil, para também como eu, seguirem nesse Enotour organizado pela .Doc Comunicação, do hoje amigo, Orestes.
Era pra ser só um tour mas, na verdade, foi um encontro de espíritos livres que estavam prontos para se deixarem levar, assim como na dança. Impossível não rir com o Eduardo, não rir da risada da Fernanda e nem das tiradas bem à carioca do grande Landim. Impossível não ouvir atento as análises do Alain (um dos caras mais competentes do mundo do vinho que já cruzei na vida) e da Fabiana (uma das mulheres mais competentes do mundo do vinho que já cruzei na vida). Impossível não sacanear, por mensagem, o Christian após sua análise do “vinho de caráter”, enquanto estava lá em cima na banca de jurados da Avaliação Nacional de Vinhos Safra 2013. Impossível não admirar a capacidade do João em, no meio de toda a bagunça que fazíamos, conseguir gravar vídeos para seu programa em Florianópolis. Impossível não se tocar com a Izakeline dizendo que queria aproveitar ao máximo a viagem, porque não sabia quando isso aconteceria de novo (e ela tinha toda a razão: Nunca sabemos!). Impossível não chorar de rir dos vídeos divertidos armazenados no celular da Viviane e não curtir os nossos papos. Igualmente impossível não engatar uma gostosa conversa com a Annamaria e a Gláucia, que pareciam as quietinhas da turma, pareciam rs. Impossível não passar horas especiais ao lado da Jane. Cada um com seu estilo, estava preparado para esse encontro. Tivemos até uma Rainha da Fenachamp nos acompanhando no tour, mas para não causar constrangimentos, não citarei nomes, né Orestes? Hahahahahahahaha!
Foi uma maratona! Cerca de 110 vinhos provados em 4 dias, que por vezes me deixou descabelado como nessa foto tirada pela Jane. Ao final da história, bastava colocar uma taça com água, suco ou qualquer líquido nas mãos de cada um de nós, que estávamos, automaticamente, rodando sem a mínima exitação. rs. Quase uma cena de “Tempos Modernos” do mestre Chaplin, tamanha a quantidade de giros que fizemos com vinhos por esses dias. Cheirar a água, o suco de laranja do café da manhã também foi fruto desse condicionamento. Rir era sempre a melhor saída.
Confesso que provei muitos vinhos, como podem ver nos números que citei acima, gostei muito de alguns, gostei de tantos outros e desgostei de bem poucos. As experiências virão nos posts pela frente.
O que posso dizer por aqui é que nessa viagem deixei muito mais de mim e trouxe muito mais do que esperava.
O Vale dos Vinhedos é mágico, encantador e se souber prestar bastante atenção, pode te levar a encontrar até aquilo que você, embora desejasse muito, não foi por lá procurar.